Constantemente a mídia divulga de forma otimista notícias sobre o Enem e entre outros, como se fossem a coisa mais normal do mundo. O
Estado tem que oferecer educação de qualidade e gratuita para a
população, como acontece em muitos países desenvolvidos, porém, as elites
não querem que o povo se liberte pela educação e o conhecimento, e para conseguir
seus objetivos oferecem gratuitamente este lixo que chamam de educação
publica e gratuita, mas o melhor é sempre difícil. A indústria cultural,
termo cunhado por ADORNO e HORKHEIMER, durante a década de 1940 sob o
impacto do nazismo, tem como principal objetivo vender uma idéia e, para
isso, usa da estratégia da repetição que tenta persuadir o espectador a
aceitar suas mensagens como verdadeiras (Fadul, 2008, p.54-55). No início o Enem começou como um exame só para avaliar os alunos do ensino médio e sem importância, mas depois foi ganhando credibilidade e confiança das instituições de ensino, e posibilitou a entrada de muitos alunos da rede pública nas faculdades, mas então a elite percebendo isto, começou a dificultar e endurecer as regras e o nível das provas, mas a questão é: Quem vem de escola publica como as municipais e estaduais em sua maioria recebe um ensino de qualidade para disputar com que fez os melhores colégios e cursos? Nunca!
A "escola dualista" ou "escola capitalista" termo proposto por Baudelot e Establet que desenvolveram a tese sobre uma escola dividida, que segrega os mais pobres e condiciona um resultado escolar sempre favorável aos herdeiros das elites econômicas (Gadotti, 1998).
As escolas públicas e privadas que atendem às elites econômicas, seja pelas altas mensalidades ou pela dificuldade de acesso, via concursos vestibulares muito concorridos e que estão baseados em conhecimentos muito elaborados, comporiam a rede de ensino elitizada( secundária superior).
As escolas públicas e privadas que atendem as camadas de baixa renda da população, os filhos dos dominados e explorados, comporiam a rede ensino comum (primaria profissional). As redes SS e PP abarcam todos os níveis de ensino (Fundamental, Médio e Superior), criando uma rede para os ricos e outra para os pobres, com os objetivos de banalizar os conhecimentos oferecidos para as classes dominadas e impor sobre toda a sociedade os valores dos dominantes.
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